(31) 2571-2575
Recentemente uma nova moda de verão tem se espalhado entre as brasileiras, trazendo muitas pacientes com dúvidas ao meu consultório sobre o famoso bronzeamento "natural" com fita adesiva e parafina. A "nova" técnica promete um bronzeado duradouro e sem riscos. Será?
A técnica consiste em colar sobre a pele uma fita isolante ou esparadrapo como se fosse um biquíni, aplicar parafina sobre a pele, a qual faz o papel de um bronzeador, que por sua vez acelera a produção de melanina quando exposto a radiação solar. A melanina é o pigmento responsável pela cor da pele. A colagem da fita faz com que o bronzeado fique mais visível e crie um contraste entre a parte bronzeada e a parte que está coberta, livre da radiação solar. Para que esta técnica traga os resultados esperados, as mulheres precisam ficar expostas ao sol por cerca de uma a duas horas, aproximadamente. Ainda que seja feita em horários que evitem a pior radiação UVB, que é entre 10 e 16h, a alta exposição ao sol é perigosa em qualquer hora do dia, pois a radiação UVA também aumenta consideravelmente o risco de insolação e desidratação, queimaduras e câncer de pele, além de acelerar o fotoenvelhecimento cutâneo. Os riscos aumentam mais ainda nas peles mais claras de fototipos 1 e 2, que são as peles mais sensíveis a radiação, pois apenas ficam vermelhas pela queimadura solar e não se bronzeiam. Além dos danos solares, as fitas utilizadas, que podem ser fitas isolantes ou esparadrapos, podem causar dermatite de contato alérgica ou irritação ao remover a fita.
É importante compreender que, para se bronzear, não precisa se queimar. Mas, como adquirir um bronzeado mais seguro, sem queimaduras ou riscos? Devemos entender que o bronzeado só vai começar a aparecer 48h após a primeira exposição solar. Este é o tempo necessário para que a melanina seja produzida e liberada pelas células. É um processo gradual e não adianta exagerar no sol para tentar apressá-lo. O ideal é se expor ao sol das 9h por 20 minutos e então aplicar generosamente o protetor solar, sempre com FPS 15 ou maior. Lembre-se de que o protetor leva de 20 a 30 minutos para atingir sua proteção máxima e de que, mesmo com filtro solar, uma parte da radiação ultravioleta está atingindo sua pele e estimulando o bronzeamento.
Mas para as peles claras de fototipos I e II, que nunca se bronzeiam e só ficam vermelhas, não adianta insistir, só vai danificar a pele. Neste caso, deve-se pensar no uso dos auto-bronzeadores, que independem da resposta da pele a exposição solar. São cremes, loções ou sprays a base de dihidroxiacetona (DHA), substância que provoca uma reação química na pele, escurecendo-a, dando uma cor semelhante à do bronzeamento. A DHA não estimula a produção da melanina, apenas reage colorindo a pele. Não causa mal algum, a não ser naqueles que tenham alergia ao produto. A reaplicação depende do produto escolhido e deve ocorrer em intervalos que variam de 3 a 15 dias para se manter a cor desejada. Os auto-bronzeadores não devem, entretanto, ser confundidos com protetores solares, pois a coloração resultante do seu uso não confere proteção contra o sol. Produtos de boa qualidade não mancham a roupa.
Agora que você já sabe a diferença entre queimadura solar, bronzeamento e auto-bronzeamento, já pode decidir como quer tratar a sua pele no verão!
Avenida Juscelino Kubitschek, 474, Centro - Betim
(31) 2571-2575
. (31) 98524-2086