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Alisamento Capilar: O que é permitido?

Cabelos lisos sempre estão na moda e agradam a maioria das mulheres. Mas, quem não nasceu com as madeixas lisas deve tomar alguns cuidados ao procurar os métodos alisantes.

Primeiramente, devemos entender que, para alterar a estrutura da haste ou fio capilar, é necessário abrir a cutícula dos mesmos, que é um envoltório que protege a sua parte interna. Quando o alisante é aplicado, as escamas da cutícula se abrem e a parte interna do fio pode então ser alterada. Existem alguns produtos químicos autorizados pela ANVISA capazes de realizarem esta “abertura” da cutícula e promoverem o alisamento capilar, como o tioglicolato de amônio, os hidróxidos de sódio (soda), alumínio, potássio, cálcio, lítio e o carbonato ou hidróxido de guanidina. Os cabelos já submetidos ao tioglicolato de amônio não devem ser submetidos ao uso dos outros produtos químicos a base de hidróxidos, pois são incompatíveis, podendo haver grande dano da estrutura capilar, inclusive com quebra total da haste, levando a usuária a ver literalmente suas madeixas caírem pelo ralo!

O formol só tem autorização da ANVISA para ser usado com concentração máxima de 0,2% nas formulações, e nesta concentração não tem efeito alisante, sua ação é apenas como conservante e como agente “endurecedor” de unha. Portanto, o formol ou formaldeído não tem autorização da ANVISA para ser usado como alisante capilar! Seu uso como alisante em concentrações altas pode acarretar lesões diretas na pele e couro cabeludo como irritação, dor, queimadura, ferimentos nas vias respiratórias e danos irreversíveis aos olhos e aos cabelos, e, principalmente, ao desenvolvimento de câncer principalmente em quem inala frequentemente o seu vapor liberado durante o processo de alisamento, quando o fio é submetido a altas temperaturas pela “chapinha”. Com a proibição, algumas empresas do setor começaram a lançar produtos alisantes no mercado com substâncias chamadas de formol “disfarçado”, que derivam ou se transformam em formol durante o processo de alisamento, como o ácido glioxílico, carbocisteína, oxiacetamida ou methylene glycol.

Portanto, devemos prestar atenção não ao nome do método usado pelo “marketing” para alisar, como escova progressiva, botox capilar, alisamento japonês, escova francesa, escova de proteína e etc... Mas, sim, devemos nos atentar a substância alisante presente no método, e se ela tem registro na ANVISA, para assegurar não só a saúde do consumidor, mas, também, do profissional que a utiliza, o qual muitas vezes usa o formal “disfarçado” sem saber. Informe-se, investigue, pesquise no site da ANVISA o produto oferecido como opção e contribua para exterminar com a prática de produtos ilícitos e nocivos à saúde dos clientes e profissionais nos salões de beleza.

Dra. Adriana Lemos CRM 32011

Membro da Academia Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia | Diretora Clínica e Administrativa da Clínica Yaga - Saúde, Beleza e Bem-estar | @draadrianalemos | adriana@yaga.com.br | yaga.com.br | @clinicayaga 

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